Visão Fantástica



Episódio - 01





Prólogo

***

Meu nome é Sigel Lorhir (Sig Lorar) Sou Elfa e venho de Akdeniz Bölgesi Uma região do mediterrâneo da Turquia sou descendente do Clã “Dhrosvan” meu nome significa “Deusa do Sol”! Fui enviada a Uhat para aprender a usar meus poderes de nascimento. Não saber usá-los me causa muitos transtornos e ao meu Clã que são de soldados do reino de Vidar!

Nunca saímos de nosso território a não ser por guerras nossas ou aliadas. Resolveram que eu deveria saber usar meus poderes com discernimento. Porque sou muito perseguida por magos sem escrúpulos que desejam ter meus poderes para Fins inescrupulosos. Ainda não conheço meu Tutor.
Quando cheguei a Uhat designaram essa propriedade junto ao Rio Para que eu me adapte ao clima fechado da floresta negra.


Capitulo I


A noite de Lilith ia longa e escura, nem mesmo uma estrela no céu. Nessa época todos os Astros respeitam a tristeza da Deusa e recolhem-se. Eu estava junto ao pomar da minha casa, que por sinal é muito lindo e tem aromas de pêssegos maduros. Os pessegueiros estão carregadinhos, uma maravilha. 
Do lado esquerdo do pomar tem um belo jardim de miosótis e gerânios.
 Eu fico sempre entre essas maravilhas ouvindo o leve rufar do vento sereno. 
Tudo estava calmo como se fizessem silêncio para a Deusa! A brisa amena gostosa esvoaçando minhas lãs douradas, um ótimo trabalho dos Silfos e fadas!

Apanhei minha Lira para tocar uma melodia que compus para Lilith! 
É uma melodia triste como a noite de hoje! Foi feita exatamente para esse dia. Procurei um local que me proporcionasse estabilidade para que minha posição fosse perfeita. Gosto de instrumentos que tenham "sons dos Anjos"! 
A lira, a harpa, o violino, a flauta doce, assim também, como a vina são harmonizadores da alma humana. São instrumentos de grande poder de magia que controlam os elementos da natureza, amansam os animais e trazem harmonia a um mundo dividido. 
Os sons desses instrumentos ensinam aos seres a se harmonizar com os ritmos cósmicos.

Eu queria que tudo fosse perfeito! Trabalhei com afinco para isso:
 Desenvolvi uma linha melódica aguda para que em certas passagens ficassem parecidas com o som de uma flauta doce ou de um violino. Como eu sabia que assim que ouvisse os primeiros acordes a Deusa viria olhar-me tocar Desenvolvi a melodia para que a Lira e eu fossemos um conjunto na condução da melodia:
Em certas passagens a musica instrumental que compus, necessitava de sincronismo com a dinâmica, com meus sentimentos, com os fraseados e as respirações. Não queria que fosse apenas tocar uma melodia na minha Harpa, mas viver a melodia. E assim foi:

Comecei as primeiras notas com suavidade como se a harmonia fosse um jardim de acordes que serviam de fundo para a história. E a melodia passeava por sobre o Jardim que era feito com a junção dos acordes tocados em sequência.
No meio existiam Flashes dinâmicos com sonoridade grave que davam corpo e cor a melodia. Porque existe uma relação íntima entre o som e a cor.
Quando cheguei ao fim da melodia minha lira emitia as notas-chave da minha música:enriquecida pelos sons dos ventos nas florestas e pelos sons das quedas d’águas que vinham de bem pertinho da minha  morada. Quando levantei os olhos vi ao longe duas estrelas que brilhavam incessantemente.

Eu sorri! Abaixei a cabeça apoiando a testa na ponta dos dedos da mão direita, num gesto de incredibilidade... Por quê?

- Porque as estrelas que eu vi estavam a uns dois metros do solo. Como seria isso possível?
Com certeza foi a docilidade da melodia e a plena certeza de que a Deusa Lilith estava por ali me ouvindo e aceitou meu presente. Esse momento divino me deixou sensível a imaginar coisas. Foi tudo muito sublime! Mesmo em total escuridão. Eu sabia que a Lua estava ali juntamente com todas as estrelas de Febeh! Elas estavam apenas recolhidas em consideração a noite, Mas ouviram o suspirar da Deusa ao ouvir a sua melodia.

  Antes de entrar respirei profundamente mais uma vez o ar noite de olhos fechados. Nisso meus sentidos me alertaram, mas foi tarde demais, seres encapuzados aproveitando o momento de desatenção minha a não se tocar. entraram em minha propriedade e estavam por toda parte. Antes que eu tivesse tempo para reagir me cobriram a cabeça de súbito. Tentei me desvencilhar sou boa lutadora, mas eram muitos e me imobilizaram. Não consegui usar meus poderes Elementais por estar com a cabeça coberta. Só consigo usá-los se puder ver meu oponente. Possuo os poderes do ciclone e do trovão, mas são disparados de meus olhos. Os magos do meu Clã dizem que são com a força da mente, Porém eu não consigo vê-los desse jeito. Para mim saem de meus olhos.... Por esse motivo mandaram-me a Uhat para aprender a usá-los com um grande mago muito respeitado. 


Capitulo II


Aqueles oponentes eram muito grandes! Por mais que eu me debatesse não escapulia um centímetro das mãos grossas e brutas deles. Eu não aceitava me render, mesmo que todos os meus ossos doessem durante minha luta com eles. Eu temia que estivessem me levando para os tais magos inescrupulosos Se fosse isso, eu estaria perdida! Esses magos e seus asseclas fariam o que tivesse ao alcance deles para roubar meus poderes e assim terem facilidades de atacar outros povos.

Senti quando me puseram em uma espécie de gaiola ou cela de ferro pelo som que fazia ao pisarmos. Me puseram de joelhos e amarraram meus braços abertos  pelos pulsos com faixas de couro. Serrei os punhos para facilitar uma fuga, quando eu relaxasse os músculos teria um espaço para escorregar minhas mãos esguias para me soltar.
Teve um momento em que tudo ficou silêncio. Aquela manta que cobria minha cabeça me deixava irritada além de ter um Fedor insuportável. 
Usei a percepção para sentir quando se afastassem de mim, assim que os percebi se afastando e soltei as mãos com muito cuidado para não deixar cair as amarras ou descobririam que eu estava livre, eu não podia ver onde estavam, mas meus sentidos me mostraram cinco deles bem perto.

Continuei segurando as amaras para que não notassem as minhas mãos  soltas. Eu ouvia meu relógio interno marcar os minutos para que eu tivesse uma chance de libertar minha cabeça. Eu sabia que com o rosto coberto eu não conseguiria me livrar deles. Ouvi quando foram se afastando um por um, alguns minutos depois eu só percebia dois deles, um bem perto de onde eu estava e outro uns dez metros de distância. Pensei: 

- "Esse é o momento de me livrar do capuz improvisado"

 Assim que larguei uma das amarras para retirar o capuz e ataca-los com meus poderes senti a mão asquerosa de um deles segurar meu braço... (Ele iria apenas me levar a outro lugar, talvez para os magos, mas como não ouvi nem vi nada,  então pensei que haviam descoberto que minhas mãos estavam soltas) perdi a chance por desatenção. 
Como eu estava de joelhos e segura pelo braço, levantei meu corpo rápido ficando em um pé só ainda agachada rente ao solo e girei a perna como um aríete calçando o oponente para que ele tombasse e eu pudesse desamarrar o capuz. Entretanto ele desviou do ataque surpresa, contra atacando em seguida puxando-me pelo braço e me jogando contra as grades, mesmo estando machucada com a pancada me levantei ligeiro e aproveitei que estava com as mãos soltas para tentar desatar os nós do capuz (que era um tecido fedorento que eles deram várias voltas com ele na minha cabeça quase me deixando sem ar)

Senti meu oponente caminhando em minha direção, levantei-me rápido e esperei. O outro perguntou algo em um idioma que não consegui decifrar por estar atenta ao meu oponente, mas ele apenas rosnou como resposta e chegou perto. Levantei minha perna direita para um golpe na altura da coxa, mas meu chute foi bloqueado por um simples tapa da mão asquerosa dele.... Com a outra mão me segurou pela garganta no intuito de me asfixiar apenas  para que eu perdesse o sentido. Pelo que notei não podiam me machucar. 
O outro brutamonte segurou meus braços e virou-os prendendo-os para traz. Antes que eu perdesse os sentidos Houve um grande estrondo. Era alguém arrebentando as grades....


Capítulo III


Enfim pude respirar por ajuda da Deusa Febeh!
Percebi que foi alguém que estava do meu lado que explodiu as grades, porque o brutamonte me largou e começou um grande alvoroço, fui me arrastando e encostei-me à grade para me refazer enquanto a batalha comia solta ao meu redor, aproveitando que eles se esqueceram de mim. Desamarrei o capuz e o retirei. Ainda estava meio atordoada pelo enforcamento. 
A luminosidade era bem fraca quebrada várias vezes por raios azulados que jogava longe os brutamontes de peles grossas e fedorentos. Quando me refiz levantei-me devagar e me preparei para acabar com aquela agonia de corpos que voavam e retornavam a luta como se fossem indestrutíveis. 
Olhei em volta fazendo um reconhecimento do local. Estávamos em uma clareira onde haviam muitos brutamontes e uma jaula desmontada comas as grades retorcidas (era o meu cativeiro)

Lutando com os brutamontes: havia apenas um ser que combatia a todos com muita perseverança! Porém eu não o conhecia!
Desesperadamente eu vi quando todos os brutamontes investiram contra aquele ser esguio e pálido com longas lãs brancas que chegavam a altura de suas panturrilhas, Enquanto o ser apenas sorria de forma arrogante sem mover o corpo.
Quando todos estavam quase em cima dele a altura de tocá-los ele gritou para mim.

= Faça o Ciclone Sigel! Força total!

Assustei-me ao ver que ele sabia quem eu era e sobre meus poderes, mas pensei:

-“deve ser amigo, pois está me ajudando” Foi meu erro demorar tanto...

O meu salvador foi coberto por todos aqueles brutamontes sedentos por sangue.
Pensar em vê-lo morto me provocou tamanha ira que usei meu poder “Siklon” em toda sua potência. Os brutamontes giraram como folhas secas em alta velocidade num redemoinho furioso e gritando com suas vozes cavernosas horríveis. Quando sessaram os gritos... Parei o golpe fazendo-os Se esborracharem todos de uma só vez no solo criando uma cratera.
Quando tudo se acalmou olhei na cratera procurando meu salvador e para minha grande surpresa ele não estava entre meus oponentes abatidos pelo meu "Siklon"! Senti um misto de alegria e preocupação: 

- O que foi feito dele?? 

Perguntei-me apreensiva. E para minha alegria ele respondeu

= Procura por mim Sigel?

Olhei em volta procurando de onde viera a voz... Ele estava a uns dois metros de altura acima da minha cabeça e graças a Febeh! Intacto! 
Desceu lentamente levitando. Era a visão mais bela que eu me lembrava em minhas 756 luas (18 anos)! Tinha as lãs abertas como a cauda de um pavão, Pousou lentamente a meu lado eu continuava em silêncio olhando tão belo ser. Isso fez com que ele abrisse um belo sorriso curvilíneo e seus olhos brilhassem com mais intensidade.... Eram lindos.
 Ele era todo lindo! 
Percebendo minha total imobilidade desajeitada ele piscou enquanto alongava seus braços fortes e torneados e me olhou de cima à baixo.

Tomei consciência de minha minúscula roupa de dormir deixando totalmente descoberta minha pele pálida, mas eu perguntei com firmeza:

- Quem es tu cavalheiro que viesses em meu auxílio? Como sabe meu nome e tudo mais sobre mim?

Ele deu uma volta em torno de mim.... Eu não entendia o que estava acontecendo aquele belo Elfo de sorriso preguiçoso me rodeava com passos lentos enquanto me estudava com malícia, em seguida parou diante de mim e me disse:

= Sei tudo sobre voce guerreira Sigel! Porque sou seu Tutor e seu novo mestre! Meu nome é  Elendil Elessar!

Olhei para ele visivelmente surpresa. Não sei... Talvez esperasse alguém mais sisudo! Agora imaginem o meu espanto! Quando de forma brincalhona ele me perguntou:

= Estas pronta para um combate corpo à corpo? Sem armas e sem usar poderes Elementais.

Ao terminar de perguntar isso e sem parar de me encarar. Ele puxou a camisa para fora de seu corpo com um movimento brusco... Meu olhos sem nenhum comando pousou descaradamente no peitoral bonito, indo até os gominhos bem definidos do abdômen dele. Precisei balançar a cabeça para desviar o pensamento. Mas aquele gesto me fez corar violentamente olhando para ele sem entender o que ele planejava.... Como se houvesse me escutado ele respondeu:

= Ora Sigel! Preciso estudar seus movimentos e para isso quero ser seu alvo. Quero que use contra mim tudo que aprendeu sobre luta. Voce irá aprender a usar seus poderes elementais, mas não tenha pressa seus poderes serão alinhados por si só.

A explicação dele me fez ficar mais surpresa ainda. Quando o encarei ele sorria para mim apoiando o peso do corpo em um pé só.... eu disse quase implorando:

- Eu não conseguirei fazer isso! Voce é meu tutor, meu mestre, como vou te atacar?

Isso só fez o sorriso dele aumentar deixando seus olhos bem fechadinhos quando disse:

= Não adianta se esquivar nem tampouco adiar, isso vai ter que acontecer! É inevitável!

Ele sabia no que eu estava pensando.... A visão do corpo dele me deixava sem ação! Pensar que eu teria que tocá-lo... Oh!!!


Tentando deixar para outro dia esse negócio de luta corpo a corpo, quando toda essa surpresa tivesse desvanecido. Falei timidamente:

- Senhor Elessar! Podemos ir até minha propriedade? Preciso ver como ficou meu jardim, encontrar minha Lira ver meus....

Ele respondeu antes que eu terminasse de falar, me deixando mais encabulada ainda;

= Seu jardim foi pisoteado! Mas sua lira está em boas mãos, me encarreguei disso antes de segui-los.

Eu vi tudo acontecer estava te ouvindo tocar para nossa Deusa. Mas te compreendo voce precisa descansar. Amanhã ao alvorecer começamos.

- Estavas lá Senhor? Me ouvindo, aonde?

= A uns cinquenta metros de voce na beira do rio. Tenho te observado desde que chegaste. Precisava te conhecer verdadeiramente.

- Como assim verdadeiramente?

= Sem se saber observado, os seres agem naturalmente. De outra forma todos os seus movimentos serão calculados por receio de erros.

Dizendo isso ele pegou-me como uma pluma me encaixou em seu ombro para me conduzir até minha propriedade. Minhas pernas nuas roçavam nos ombros nus dele deixando meu corpo em combustão.

Ele disse-me com a voz trêmula:

= Acalme-se criança! assim fica difícil!

Eu não entendi o que ele quis dizer e nem podia mais pensar nisso...
 Ele começou a correr em uma velocidade vertiginosa comigo nos ombros, saltando rios, árvores caídas, crateras... E finalmente chegamos em minha propriedade. Quando ele me pôs no chão eu mal conseguia me por de pé.

Ele se despediu rápido e sumiu na mata!
......

Só voces entendem não é Lume e Yogini??? hahahahahahahah


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Comentários

  1. Uau. Parabéns Fox. 👏👏
    Sigel tem muito potencial, se perder a cabeça . Muito boa narrativa.

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    1. Muito obrigada BigDad!! Fico feliz que tenha gostado, Sigel vai cortar "um 12" com esse mestre convencido!! voce vai gostar beso!

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  2. Anônimo5/20/2017

    😍😍😍😍😘😘😘😘

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  3. Esse princípio é fascinante! Adoro seu jeito de escrever colocando os detalhes pra que a gente possa ver as cenas. E sem enrolar muito.
    Adorei

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    1. Sim, Justinni isso é muito importante para que o leitor se sinta na cena e não perca o entusiasmo
      Obrigada pelo seu comentário! Muito simpático.

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  4. eu to shippando, é um erro?

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